TUMORES RENAIS

Os tumores renais são identificados através dos exames de imagem abdominal, método que vem sendo solicitado rotineiramente na prática médica e que possibilitou o diagnóstico cada vez mais frequente de cistos e nódulos renais.

Ao se deparar com cistos renais, deve-se avaliar o histórico familiar, tamanho dos rins, localização e características dos cistos como o contorno, conteúdo, septação, calcificação e a associação com manifestações extrarrenais, pois o objetivo é diferenciar o Cisto Simples das doenças genéticas formadoras de cistos renais como a Doença dos Rins Policisticos Autossômico Dominante, Nefrofitise, Esclerose Tuberosa, Síndrome Von Hippel-Lindau entre outras síndromes.

Nas situações em que o cisto renal apresenta características duvidosas ao ultrassom, o chamado cisto complexo, preconiza-se a solicitação de tomografia ou ressonância magnética do abdome com contraste, permitindo a classificação destas lesões em benignas, provavelmente benigna, indeterminadas ou malignas.

Já diante de um nódulo renal, principalmente aqueles com tamanho > 0,5 cm, sugere a investigação complementar com tomografia ou ressonância magnética de abdome com contraste para diferenciar as neoplasias benignas (mais comum o angiomiolipoma) das neoplasias malignas (mais comum carcinoma de células claras).

Angiomiolipoma é um tumor de vaso e gordura que normalmente é acompanhado com controle de imagem a cada 6 meses sem a necessidade de abordagem cirúrgica para aqueles menores do que 4 cm. Entretanto diante do carcinoma de células renais, a decisão da melhor proposta terapêutica se baseia no risco cirúrgico, tamanho do tumor e na presença de metástase.

O nefrologista é de extrema importância para diferenciar os cistos hereditários dos adquiridos, assim como conduzir o paciente com câncer renal que será submetido ao tratamento de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou nefrectomia.

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