INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

A insuficiência renal aguda é uma entidade presente tanto no ambiente hospitalar quanto no regime ambulatorial, cuja incidência pode variar até 35% a depender da causa. A sua gravidade está associada tanto para a progressão da doença renal crônica como para o aumento de morbimortalidade precoce e tardia.

A lesão renal aguda (IRA) é uma síndrome caracterizada por uma queda abrupta (horas ou dias) da taxa de filtração glomerular (TFG), documentada pela redução de diurese e/ou aumento da creatinina sérica.

Os grupos de risco são aqueles que possuem menor reserva funcional dos rins como os idosos, diabéticos, hipertensos mal controlados, portadores de doenças crônicas (doença renal, insuficiência cardíaca, cirrose hepática, doença pulmonar), anemia, câncer… sendo as maiores exposições os grandes queimados, cirurgias cardíacas e não cardíacas, politraumas, sepse, choque circulatório, drogas nefrotóxicas, exames contrastados, veneno de plantas e animais 

Normalmente a insuficiência renal aguda é multifatorial, e a etiologia é determinada através do contexto clínico e laboratorial. Nas situações indeterminadas, pode ser indicado a realização de biópsia renal para elucidação diagnóstica.

Pacientes normalmente são assintomáticos, porém nos estágios mais avançados podem apresentar as indicações clássicas de diálise de urgência como a hipervolemia, acidose refratária, hipercalemia refratária e a síndrome urêmica.

O nefrologista busca reconhecer precocemente as etiologias, instituir medidas de intervenção para corrigi-las, controlar as complicações e promover medidas preventivas contra novos surtos a longo prazo.

Insuficiência renal aguda